segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Vida Limitada

És tão pequena e frágil vida
Que com um sopro te esvai
Levando contigo a alegria
A sombra de um sorriso que nunca mais.

Não te deixais o pequenina vida
Enganares com a ilusão
Fazendo o sorriso do pobre menino
Com seu violão e olhos que brilham
Cantar sua última canção.

De que adianta se vangloriar
Se num momento podes esta aqui
Outro podes não ta.
Perturbando a sanidade dos loucos,
Desacreditando os que acreditam um pouco
A frágil vida se prolongar.

Autora: Beatriz Belo

terça-feira, 29 de maio de 2012

O véu



Ao longe ela vinha...
Vestida de noite ela vinha...
Em forma de agradecimento.
Com seus olhos negros e sua boca repuxada.
Seria um sorriso?

Ao longe ela vinha.
A garota da noite, a princesa da escuridão.
O véu que encobria seu rosto mostrava quem ela era.
Em forma de agradecimento...
Em forma de rentidão.

Sua proximidade me da calafrios... 
Seu véu não deixa transparecer.
Logo sinto um perfume de flores vindo junto ao vento.
Adocicado, forte. Lembra-me a cemitério.

Em meio a noite condensada ela vinha...
Vagando pela pequena estradinha
Com passos lentos, porém firmes.
O que faria eu entre aquelas árvores
- que mais se pareciam cabídes velhos-
Caminhando em direção à uma estranha?

Com seu véu a encobrir-lhe
Bem perto de mim, bem perto de mim ela está.
Levantam-se mãos, estas que parece ser minhas,
Na direção daquele véu misterioso elas seguiram...
Surpreendendo-me!

Tão frio quanto sua imagem,
Erguia-se o grande espelho.
Mostrando-me a bela princesa...
Um mero reflexo do meu eu.

Autora: Beatriz Belo

Você Vem?


Saudade que aperta, que corrói.
Como posso sentir algo pelo que não vejo?
És tu Amor, o culpado
Por despertar tanto desejo?

Ao mesmo tempo que estais tão perto
Estais ai tão longe...
Que farei eu aqui sozinha,
Abraçando a mim mesma?

Escute onde estiver meu amado,
O grito rouco que daqui exclamo.
Minha garganta se auto-proclama!
Uma eterna repetidora de teu nome.

Você vem? te espero...
Oh sim! por favor responda.
Já me vejo em teus braços
Se assim for de teu agrado.

Autora: Beatriz Belo

Uma verdade revelada

Vagas recordações vão se formando dentro de minha cabeça.
A tempo tento decifrá-las mas não consigo...
Como um redemoinho elas se tornam mais confusa, deixando-me louca.
Será que de fato estou?
As incertezas estão cada vez mais presentes.
Já não consigo discernir o certo do errado,
o verdadeiro do falso, o real do imaginário.
A única resposta foi-me revelada!
Tão certa quanto o ar que respiro...
Tão verdadeira quanto o chão em que piso...
Tão real quanto a pobreza.
É saber que nada dura para sempre!

Um dia...
O amor de todo o teu ser acabará.
O perdão incondicional se esgotará.
E o valor alto nada custará.
Só então o fim da dor e da dúvida chegará,
Envolvendo-nos com seu manto
Trazendo com ela o descanso...
Colocando-nos devagar para dormir.

Autora: Beatriz Belo

quinta-feira, 17 de maio de 2012

A melodia da floresta



"No mundo caótico em que vivemos
existe um paraíso no canto da floresta.
Meu lugar de liberdade pra chorar..

Queres adentrar meu espaço baby?
Aqui não tem lugar para suas manifestações!
Apenas uma boneca suja de pano envelhecida,
Com relatos de destruições...

A melodia faz parte desse canto.
Canto que agora é nosso, cheio de melodia.
A melodia que tira minhas dúvidas,
A melodia que também as põe ao invés disto...

Ainda queres adentrar meu espaço baby?
Cante a melodia triste que alimeta meu vício!"

Autora: Beatriz Belo