quinta-feira, 9 de junho de 2011

Reino Eterno

Na sua beleza natural,
Vejo seus olhos queimando
os invejosos.
Seu poder destrói mundos
e constrói inimigos.
Fazer o que? A inveja vive ao seu lado.
As musas, as deusas, as rainhas sempre
serão invejadas.
Lute adorada
Lute por você, por seu reino.
E nós, seus cavaleiros, estaremos a
frente da batalha,
cortaremos as cabeças dos desprovidos de
paixão e dos que não conseguem ver a
sua real beleza.

Não perca seu tempo tentando entender
os vermes que te circundam.
Na sua atual atmosfera
o seu tempo é eterno.
Usando a vingança como semblante, sua
morte-vida perde seu poder.
A fome aumenta.
A energia passa a ser negativa como a
dos humanos, dominando a sua raiz e a
sua fonte seca.
Ser vampira esta muito além.
Significa vencer! Dominar! Ser adorada!
Tomar as rédeas pessoalmente.
Construir seu melhor caminho e deixar,
neste caminho muitos implorando por
sua volta.
Alimente-se deste conhecimento.

Encarcerado, vendado e amordaçado
Ainda consigo ouvir seus lamentos
Ainda sinto suas lágrimas.
Maldição carimbada em meu corpo
Lobo sedento que só mata pra comer
Lobo selvagem que só quer viver
Grito surdo, mutante e escoria do mundo
Serre a corrente e conte a todos.
Todos Contos da Corrente.

Rezo para que uma noite
seus olhos encontrem os meus.
E que nesta noite, todos os
seus problemas sejam
eternamente resolvidos e
finalmente, nossas armas sejam
erguidas para o céu em sinal
de glória e conquista.
Que você reine para sempre.

Autor Desconhecido


quarta-feira, 8 de junho de 2011

Dente de Ouro



Estava indo dormir no meu caixão e como
já era de costume, levo sempre comigo uma
carcaça para divertir-me até ficar com sono.
Porém, ao deitar-me, fiquei incomodada
com seus ossos. Ficavam espetando meu 
corpo e então comecei a quebrá-los.
Fiquei olhando, quase dormindo escutando
os pequenos barulhos de ossos quebrando
quando, ao olhar para sua cabeça percebi
um brilho.
Fiquei intrigada.
Fiquei procurando... tateando...
Oh.... Era um dente de ouro!
Puxa! Como é bom encontrar riquezas
onde jamais imaginamos.
Coloquei o dentinho de ouro no bolso e 
continuei a quebrar os ossinhos até finalmente
dormir...



Me acorde quando tudo acabar.



Ao fechar os olhos
Vejo a escuridão entorpecente.
Num sofá velho e fedorento,
Almofadas já não existem.


Me deito, preciso dormir
Mas nada ajuda, nem os ratos que circundam.
A tempestade insiste em açoitar o telhado.
Por favor senhor trovão não me castigue.


Sei que não fui uma menina boa
De corações merecedores
Matei, torturei, cortei-lhes os pulsos!
Me acorde, me solte! Gritos entoam...


Mas agora só quero esquecer,
Dormir já posso.
E por toda noite me envolver
Nesta escuridão, neste fosso.


Pesadelo ou Realidade?
Tudo parece igual para mim...
Tentar acordar?
Não sei se sou boa o bastante pra isso.
Os ratos ainda me circundam...
Me acorde senhor trovão!
Já não quero mais dormir.


Autora: Beatriz Belo

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Fonte de Desejos...

Os olhos...
Estes que, para mim, são a fonte do desejo,
da culpa, da entrega, da submissão...
As vezes olhamos com extremo desejo
de ser vítimas de nosso própios medos e prazeres.
Prazeres sem fim, sem dono e sem remorso.
Entregando-se de corpo e alma
no meio dos mares da luxúria e perversão.
Sentindo e implorando pela mordida.
é dificil de se livrar.
é dificil de se livrar.
Entregue-se.



A boca...
Cada beijo uma vontade a  mais de desejo
que vejo e aproveito seu jeito
de ser completo e inteiro
e me faz guerreira de seu castelo.
Praticamente sua
Inteiramente vampira.
Que a eternidade me leve a voçê
e que sejamos amantes eternos.





Autora: Beatriz Belo

domingo, 5 de junho de 2011

Palavras de Um Diário de Uma Vampira


Nunca me olharam de forma natural...
Da forma que eu sempre quis.
Sempre me repreenderam
Mas o porque eu não sei,
Já que dessa forma eu sou feliz.
Deve ser porque eu não sou...humana
Mas eu pergunto, e dai?
E dai se eu tenho presas?
E dai se eu aprecio sangue?
Todos também não são?
De uma forma e de outra sempre seremos vampiros,
Sugadores de almas, sugadores de vida.
Nada importa, apenas nosso bem estar, o prazer.
Nem que para isso seja preciso,
Sugarmos de outros, o pouco de alegria que ainda lhe restam,
O pouco de esperança...

Eu por outro lado,
Não me acho nem um pouco diferente,
A não ser o fato de que...
Prefiro uma dose de sangue, humano é claro.
Apenas essa bebida importa pra mim.
É verdade, eu não ligo se tenho de tomar,
Algumas atitudes não muito plausíveis.
Nunca me arrependi, e nem desmenti
Quando alguém me chama de egoísta.

Vivendo em um mundo de mentiras,
Em um mundo em que todos são iguais, desprezível.
Eu tenho de fazer a diferença, é preciso.


Autora: Beatriz Belo

Ao Poeta Raquítico


Visões angustiantes me perseguem,
Sangue, morcegos, esqueletos sórditos...
Uma risada tísica corta o tempo, engraçada,
Os suspiros de chacota do poeta pálido.


À minha mesa de jantar ele se abanca,
Com suas caveiras, cães e textos sagrados
Ofereço-o talvez um suco de tamarino,
Sem saber o que servir a quem não precisa mais...


De seus lábios ressequidos e delgados,
Um sibilo irritante e bem marcado
Se distingue no papel de carmesim:


"Poeta de cabelos e idéias esvoaçantes,
Te achas original em algum instante?
Tu é apenas uma extenção de mim!"



quarta-feira, 1 de junho de 2011

Insetos Imundos


Meros mortais
Dependentes de tudo
Lamentam-se do que não tem
Sem saber do que são capazes.
Não lutam por seus objetivos
Se entregam fáceis demais.
Pobres de coragem e 
Ricos de desespero.
Pensam que tudo são flores?!
Há! Idiotas! Não percebem?
Vocês não percebem?
Só lamento por vocês...
Insetos imundos
Que procuram no lixo da vida
Uma migalha de esperança.
Vocês não percebem?
Não existe esperança alguma.

Agora apodreçam feitos cadáveres imundos
Perdidos na imensidão de seus pecados.
Bebam seus próprios cálices de veneno
Pois sangue serão derramados
E corpos serão deixados
De suas almas que vagarão
Por toda maldita eternidade.
Não há salvação para aqueles que
Vivem nas trevas.
Sabe de uma coisa?...
Dani-se pois não precisamos dela!


Autora: Beatriz Belo