quarta-feira, 8 de junho de 2011

Me acorde quando tudo acabar.



Ao fechar os olhos
Vejo a escuridão entorpecente.
Num sofá velho e fedorento,
Almofadas já não existem.


Me deito, preciso dormir
Mas nada ajuda, nem os ratos que circundam.
A tempestade insiste em açoitar o telhado.
Por favor senhor trovão não me castigue.


Sei que não fui uma menina boa
De corações merecedores
Matei, torturei, cortei-lhes os pulsos!
Me acorde, me solte! Gritos entoam...


Mas agora só quero esquecer,
Dormir já posso.
E por toda noite me envolver
Nesta escuridão, neste fosso.


Pesadelo ou Realidade?
Tudo parece igual para mim...
Tentar acordar?
Não sei se sou boa o bastante pra isso.
Os ratos ainda me circundam...
Me acorde senhor trovão!
Já não quero mais dormir.


Autora: Beatriz Belo

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