domingo, 5 de junho de 2011

Ao Poeta Raquítico


Visões angustiantes me perseguem,
Sangue, morcegos, esqueletos sórditos...
Uma risada tísica corta o tempo, engraçada,
Os suspiros de chacota do poeta pálido.


À minha mesa de jantar ele se abanca,
Com suas caveiras, cães e textos sagrados
Ofereço-o talvez um suco de tamarino,
Sem saber o que servir a quem não precisa mais...


De seus lábios ressequidos e delgados,
Um sibilo irritante e bem marcado
Se distingue no papel de carmesim:


"Poeta de cabelos e idéias esvoaçantes,
Te achas original em algum instante?
Tu é apenas uma extenção de mim!"



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